
sábado, 30 de abril de 2011
XXX

sexta-feira, 29 de abril de 2011
XXIX
sábado, 23 de abril de 2011
XVIII
o dr. manuel sá marques, sempre atento aos meus blogs, e relativamente ao comentário que aqui deixei um dia destes a propósito da relação da arte com o cristianismo, enviou-me estas duas imagens fantásticas: o primeiro quadro é de chagall e o segundo de emil noide, ambos representando a crucuficação, um tema sempre aberto a novas interpretações estéticas, filosóficas e artísticas. um bem haja!

sexta-feira, 22 de abril de 2011
XXVII

terça-feira, 19 de abril de 2011
XXVI
Ao lado de Manuel Pinto de Sousa (Tipografia Minerva e "Estrela do Minho"), Joaquim José da Rocha (Tipografia Aliança e um sem número de títulos que publicou na imprensa famalicense), de José Casimiro da Silva ("Estrela da Manhã" com o seu Centro Gráfico), de Rebelo Mesquita (com o seu "Jornal de Famalicão"), faleceu recentemente Virgílio Rego, o último dos decanos dos jornalistas famalicenses, com o seu "Notícias de Famalicão" e a sua Tipografia Central. Na hora do almoço, não o vendo já há algum tempo, ainda falava com ele. Era encontrá-lo na Praceta em frente da Fundação Cupertino de Miranda. Numa das últimas conversas, ao tempo que isto já lá vai, dizia-me, Então como vai o jornalista Gonçalves?, e eu dizia-lhe, sr. Virgílio, não sou jornalista, meio sério, meio a brincar, e respondia-me em tom sério, Não escreve para os jornais? Então é jornalista! Fica aqui a minha memória para o último dos decanos dos jornalistas de Vila Nova.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
XXV
estamos na páscoa. época de renovação. época de um segundo baptismo. época de um segundo rejuvenescimento. não parece. como se não bastasse a poluição sonora na época natalícia, no carnaval, na festa popular, a poluição sonora permanece. virou moda. parece que estamos perante um histerismo colectivo silencioso. o que temos também é uma fraca estética representativa, uma fraca estética pictorial a representar cristo. se estamos numa época de renovação, ao menos poderiam entregar essa mesma estética pictorial aos pintores famalicenses, ou então novas representações escultorais, e assim aos escultores famalicenses, unindo assim a comunidade. talvez cristo fique assim mais leve. já não estamos em tempo de imagens pictoriais pesadas. ao menos poderiam ter mantido as imagens escultóricas, algumas delas belíssimas, da minha infância. que falta de gosto!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
XXIV

numa altura em que o benfica uma vez mais cedeu e o f. c. do porto vai de vento em popa e já consagrado campeão desta época, e aproximando-se a colecção não-nobel do público com scott fitzgerald "terna é a noite", folheio o mesmo jornal que abre logo na sua primeira página com o congresso do último fim-de-semana do partido socialista em matosinhos. durante o mesmo fim-de-semana, lá ía acompanhando aos poucos o mesmo congresso, ou na rtpn ou nas notícias das oito. o que fica do país do real é a questão do jornalista a um cidadão, já não me lembro da localidade, que veio naquelas caravanas de autocarros, e que foi esta: o que acha da vinda do fmi? responde o cidadão, Sei lá o que isso é! se esta não foi a resposta, está parecida. se, por um lado, o discurso de sócrates no encerramento do ciongresso revela o seu discurso de optimização perante si próprio, pior que salazar não poderíamos ter encontrado melhor nestes tempos de democracia, portugal idêntico a si próprio e só consigo próprio, longe do país do real, foi o discurso, uma vez mais, da vitimazação: o culpado não é ele ou o partido socialista, os outros, os da esquerda e da direita, compreenda-s, o psd, pela não concretização do famoso pec4 e da consequente dissolvência da assembleia da república e do parlamento. o discurso de passos coelho, dizem os socialistas, neo-liberal, estamos perante um psd neo-liberal, acaba por não convencer. falta estratégia, a coerência. não é com um discurso demagógico, sócrates aqui vence passos coelho, tipo se o partido socialista ganhar as próximas eleições o país afundar-se-á, jungando passos coelho que isto não pode ser possível. tudo está em aberto e num passado recente os portugueses já deram exemplos fantásticos, caso de felgueiras e de isaltino. não é com um discurso tipo, eles, os socialistas, é que não se compremeteram com o acordado. entre a verdade e a mentira de uns e de outros, fica simplesmente o discurso real, a simulação social. pior que a demência social (a pobreza ou o desemprego), é a demência mental e de instrução, de conhecimento. não devem faltar mais exemplos por este país fora do exemplar cidadão socialista. mas o que fica definitivamente por rastos é o discurso da cidadania de fernando nobre que alcançou prestígio nas últimas eleições presidenciais, ficando sem sentido. o partido socialista piscou-lhe o olho, assim como o psd. ganhou o psd nas piscadelas a fernando nobre. a coerência e o carácter entre o que se afirma e o que se faz está patente no exemplo de nobre, que pretendeu a plena cidadania da ética. falhou simplesmente. ficamos por aqui
domingo, 10 de abril de 2011
XXIII
XXII
apontamentos ontológicos. pretendo referenciar aqui o seguinte: se nós nos ouvirmos (o "nós" é global", não apenas o nosso), se soubermos escutar, vivenciar os problemas desta existência às vezes sem nexo, permanetemente haverá um questionamento não só com a nossa interioridade mais profunda, onde mais ninguém toca [talvez alguém], e chega, surgirá então toda a nossa nudez humana [com os outros e perante os outros]; e quando moisés foi interpelado por deus, descalçou-se, tornando-se ele próprio na sua interioridade com o invisível,a verdade do humano, da sua e da nossa verdade, [da do mundo]. a simbologia dos pés descalços tem a ver, enquanto imagem simbólica, com o caminho e a viagem do humano para atingir a possível verdade [nas várias verdades], a sua no mundo, a nossa no mundo, nos dois mundos [um real outro ficcional]. atinge esta harmoniosa caminhada o viajante não pela razão, na medida em que os problemas essenciais da vida humana a razão não consegue clarificar, desnudar, mas, isso sim, pela sua inteoriodade, pelo nú[deza] de si própria, pela nosa nudez sem máscara [utopia] para estarmos connosco e com os outros. falta referenciar, edificar o que deus na sua luz incandescente disse a moisés: "eu sou o que sou". somos o que somos simplesmente. eis a grande metáfora do humano, outra, cheia de máscaras, de enganos. ninguém é aquilo que é. [tenta-se ser o que se pretende ser].
quinta-feira, 7 de abril de 2011
XXI

os dias lá têm as suas surpresas. as surpresas dos dias. o dr, manuel sá marques teve a amabilidade de informar a publicação de um estudo de eugenio otero urtaza intitulado "bernardino machado e francisco giner de los rios entre 1886 e 1910. amistad, iberismo e espíritu de reforma educativa". por si só, a leitura deste texto promete; e promete na medida em que também preparo um trabalho no âmbito da educação prática, tendo sido esta mesma perspectiva educacional que juntou giner de los rios e bernardino machado para uma amizade não só pessoal, mas também cívica e pedagógica. o estudo de otero urtaza encontra-se publicado na "revista de pensamento do eixo atlântico", n.º 4 de 2003. foi uma agradável surpresa. a outra surpresa do dia foi o início da leitura do livro publicado entre nós de milan kundera "um encontro": mais do que o simples encontro de kundera, é, isso sim, uma série de encontros leitorais e estéticos do próprio kundera com os seus escritores e pintores preferidos. abre com uma reflexão do pintor francis bacon, recuperando uma antiga reflexão. não concordo com algumas afirmações de kundera, mas termina as suas breves reflexões em beleza. o meu contacto com a obra de francis bacon foi na faculdade, já que tive de fazer um trabalho sobre a sua linguagem estética, servindo-me para isso de um livro de delleuze, do qual agora não me lembro do título. cita uam entrevista de bacon, o qual nos diz tudo sobre a sua estética pictorial: "uma forma orgânica que remete para a imagem humana mas em completa distorção." kundera considera que o que temos em bacon é a "interrogação sobre os limites do «eu»". contudo, considero que em bacom não há limites. o que temos em bacon é a transfiguração do humano, o outro lado da moeda, a aparência do corpo deambulante. não há fronteiras na estética de bacon: o que temos é o outro lado do humano na sociedade contemporânea, a sua desfiguração. nem sequer temos o possível "alegre desespero" de kundera. mas kundera, como disse, termina em beleza. registo aqui esta sua reflexão, perante a qual somos um corpo sem interioridade: "Não é pessimismo nem desespero, é uma simples evidência que, em geral, velada pela nossa pertença a uma colectividade que nos cega com os seus sonhos, as suas excitações, os seus projectos, as suas ilusões, as suas lutas, as suas causas, as suas religiões, as suas ideologias, as suas paixões. E depois, um dia, o véu cai e deixa-nos a sós com o corpo...", seres humanos deambulando com o corpo. e o que fica para além do corpo? o rosto: "o rosto no qual fixo o meu olhar a fim de nele encontrar uma razão para viver". rostos desfigurados.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
XX
simplesmente sonhar
sonhar intermináveis
para nada
por tudo
afinal de contas pela vida
sonhar sonhando
assim
acordado
na terra
assim
entre sermos grandes pequenos e nada
no paraíso de nós
mundo
assim vivendo
sonhar sonhando
entre segredos e sinais
não revelados que se revelam
sonhar sonhando
sonhos que não se vivem
mesmo estando
silêncio
sonhar sonhando
assim sem jeito
domingo, 3 de abril de 2011
XIX

com o f. c. do porto campeão, e parabéns ao porto, só é pena que haja sempre desacatos e com uma força policial que está sempre presente nestes momentos, e não noutros, não me parece que com estes censos de 2011 se vá encontrar, de facto, a realidade de portugal, até porque, que raio interessa saber onde estávamos às zero horas do dia 21 de março, se estávamos ou não no alojamento, em casa, ou seja onde? a realidade de portugal continua para ser descoberta.
XVIII
e para esquecer esta crise que já nos considera, e nos consideram, lixo, salvo seja, ao ponto onde chegamos, santa engrácia, só que se esquecem que o lixo é reciclado, pois está claro, e já não há paciência para estes políticos de meia-tigela, dizem que é um novo ciclo, não me parece, o ciclo vai ser o mesmo, as mesmas patacoadas, o mesmo jogo, quer a esquerda quer a direita vão continuar com o seu pingue-pongue um tanto ou quanto estúpido, enfim, já não há paciência, de facto, esta estrelícia cá de casa para glorificar abril que começou um sol fabulástico e hoje, domingo, não está mal.
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