domingo, 23 de janeiro de 2011

VII

no princípio era o verbo. a linguagem, o verbo que nomeia, o dedo de deus que nomeia na visão de miguel ângelo. nós não nomeámos, nós não nos nomeámos, já estamos nomeados. quem nomeia, na metáfora invisível do cristianismo, a grande metáfora, é deus; e porque é que não nomeámos? porque o mundo não se idendifica com o mundo de deus. o nosso mundo, o da exterioridade, é o reverso da medalha, o outro lado, o que está para lá de nós. o mundo não nomeia: renomeia o que já está nomeado, não identificando a nomeação, antes a supõe inonicamente. não constrói, desconstrói. o que é constrói e desconstrói? o humano, apesar de todas as construções. serve isto d epropósito para um argumento, na medida em que pretende renomear algo, de preferência com sentido perante mundos referenciados, interioridade e exterioridade. o verbo apenas os nomeia, reorganiza-os.

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