JÚLIO MACHADO VAZ EM FAMALICÃO
MUSEU BERNARDINO MACHADO
lembro-me perfeitamente. 1995. estava a trabalhar na biblioteca municipal. júlio machado vaz esteve em famalicão numa feira do livro, para apresentar o seu livro "muros". a feira do livro ora se realizava na praceta cupertino de miranda, ora oscilava para o parque d. maria II. chovia torrencialmente. pouca gente. um dia de manhã. em 2006, já a desempenhar as minhas funções profissionais no museu bernardino machado, comprei "o tempo dos espelhos" para perceber os meandros da família machado. há dois anos, ainda assisti à sua conferência na faculdade de filosofia de braga, no congresso sobre a sexualidade humana. auditório da aula magna cheio. comentava-se então pelos corredores a polémica que a presença de júlio machadi vaz causou à ala conservadora da instituição. uma polémica interna que reiterou o seu sucesso na mesma faculdade. também participei nesse congresso com uma comunicação que andou há volta de foucault e camilo. só que, claro, júlio machado vaz é júlio machado vaz.
passados que estão mais de dez anos, volta de novo a famalicão para evocar o seu bisavô Bernardino Machado. quando falo da origem do museu nas visitas, devido à doação que o pai (júlio machado vaz) realizou à autarquia, sendo tal espólio a raíz do museu, contendo outros, caso de sofia peres machado, augusto barros machado e de manuel sá marques, entre outros, os visitantes ficam admirados. falo-lhes do sexólogo e conhecem; da relação familiar com bernardino machado já não chegam lá. desta vez, uma vez mais, a convite da câmara municipal de vila nova de famalicão. júlio machado vaz vai prestar de uma forma informal uma homenagem ao seu bisavô bernardino machado com a conversa "culto privado", até porque a proposta do icom para a noite dos museus e o dia internacional dos museus revela a temática "museus e memória". a actividade terá início às 21h30, no dia 14 de maio, no museu bernardino machado, em v. n. de famalicão. reproduzo as capas dos livros que tenho, a dedicatória que então me ofertou como lembrança da sua passagem por vila nova em 1995, no livro "muros", e a entrevista que então foi publicada no jornal já findo "independente". nada como participar. de certeza que vai ser mais uma noite memorável para o museu bernardino machado.
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